POEMAS POLÍTICOS DE ÁNGEL ROBUSTILLO, 3 (circa, 1970)
Nos enseñaron a pensar en relación costo-beneficio y por tanto esperamos del esfuerzo placer y de los malentendidos compensación
Por una curiosa ecuación pretendemos felicidad sin importar que nos dice desde la decepción la experiencia Es en la potencialidad de hacer el bien (de que nos hagan el bien) donde residen nuestras ilusiones Y en la observación de los resultados nuestro pesimismo
Solo algunos sin nada que esperar lo suficientemente pobres, miedosos e ignorantes conservan algo del sentido común que los demás perdemos con la esperanza
Antes que caiga la noche total Estudiaremos las manchas en la pared: Unas parecen plantas Otras simulan animales mitológicos.
Hipogrifos, dragones, salamandras.
Pero las más misteriosas de todas Son las que parecen explosiones atómicas.
En el cinematógrafo de la pared El alma ve lo que el cuerpo no ve: Hombres arrodillados Madres con criaturas en los brazos Monumentos ecuestres Sacerdotes que levantan la hostia.
Órganos genitales que se juntan.
Pero las más extraordinarias de todas Son sin lugar a duda Las que parecen explosiones atómicas.
Creo que la política no existe más, al menos en Europa y en Estados Unidos. El discurso es diferente tal vez para los países de América latina, donde se asiste a un retorno de la política que es muy interesante, pero es una contratendencia respecto del resto del mundo. Lo vemos muy bien en Italia, donde hay un gobierno de centroizquierda que hace exactamente la misma política que la derecha. ¿Por qué pasa esto? ¿Por qué los partidos que se proclaman socialistas o comunistas están constreñidos a aceptar una política económica hiperliberal? Porque la democracia representativa ya no cuenta más y las opciones fundamentales son impuestas desde los grandes grupos financieros, económicos y militares. El vacío de la política puede ser rellenado solamente por una práctica de tipo terapéutico, es decir, por una acción de relajación del organismo consciente colectivo. Se debe comunicar a la gente que no hay ninguna necesidad de respetar la ley, que no hay ninguna necesidad de ser productivo, que se puede vivir con menos dinero y con más amistad. Es necesaria una acción de relajamiento generalizado de la sociedad. Y es necesaria una acción psicoterapéutica que permita a las personas sentirse del todo extrañas respecto de la sociedad capitalista, que les permita sentir que la crisis económica puede ser el principio de una liberación, y que la riqueza económica no es en absoluto una vida rica. Más bien, la vida rica consiste en lo contrario: en abandonar la necesidad de tener, de acumular, de controlar. La felicidad está en reducir la necesidad. (Franco Bifo Berardi, la vaca)
isto não é um poema só desabafo que não pude não fazer e não pude fazer de outra forma que não fosse assim fatiando as frases no espaço aqui hoje eu vi aterrorizado um artista assassinado Moa do Catendê, mestre de capoeira, autor do Badauê — por conta de uma divergência política num bar da Bahia depois corri o dedo sobre a tela e vi e ouvi arrepiado Luiz Melodia (também negro e compositor, também com o cabelo rastafari, como a vítima do post anterior) cantando “no coração do Brasil” e repetindo muitas vezes esse refrão “no coração do Brasil” “no coração do Brasil” que tento sentir pulsar ainda entre a luz de Luiz e a treva desse buraco vazio que não pulsa mais no peito de Moa do Catendê e “não existe amor em SP” ou “no coração do Brasil” fraturado nesses dias brutos de coturnos chucros a chutar a cara de quem ama arte cultura educacão liberdade de expressão diversidade cidadania solidariedade democracia mas não se dá a mínima o que importa é se subiu a bolsa caiu o dólar se todos vão prosseguir seguindo docilmente para o abismo nessa insanidade coletiva em que o Brasil nega qualquer Brasil possível cega qualquer futuro possível e o ódio o horror e o ódio e nada que se diga faz sentido mais para quê expor na cara desses caras a palavra explícita (gravada em vídeo e repetida, repetida, repetida) do seu “mito” dizendo “eu apoio a tortura” “eu defendo a ditadura” “eu vou fechar o congresso” “não servem nem para procriar” “não te estrupro porque você não merece” “a gente vai varrer esses vagabundos daqui” “o erro foi torturar e não matar” “viadinho tem que apanhar” etc etc etc etc etc e tudo mais que repete incansavelmente há anos ante câmeras e microfones para quê mostrar de novo e de novo o mesmo nojo se é justamente por isso que o idolatram? e sempre haverá os que vêm disfarçar dizendo: “estamos entre dois extremos” “sim, mas veja a Venezuela” “é para acabar com a corrupção” “nós queremos segurança” ou “não é bem assim...” enquanto constatamos cada vez mais que sim, é assim mesmo, é assim que é mas como li por aí: “como explicar a lei Rouanet para quem ainda não assimilou a lei Áurea?” ou: como explicar a lei da gravidade para quem ainda crê que a terra é plana? e querem defender sua ignorância com dentes e garras querem matar atirar vingar a quem? em nome de quem? (pátria, família, propriedade, segurança?) se nessa seara não há direitos nem respeito ensino ou dignidade só horror e ódio, ódio e horror as palavras perdem a clareza os valores perdem o valor a vida perde o valor Marielle remorta remorrida rematada por sua placa rompida rasgada desonrada pelas mãos truculentas de brutamontes prepotentes com suas camisetas estampadas com a face do coiso que redemonstra sua monstruosidade quando vende em seus próprios comícios camisetas de outro ultra-monstro ustra — aquele que além de torturar levava crianças para verem suas mães torturadas — e esses mesmos abomináveis que, diante de uma claque vergonhosa, se orgulham de terem rasgado as placas com o o nome Marielle Franco estão sim agora eleitos satisfeitos mas não saciados de todo o sangue de inocentes que há de correr só por serem diferentes excitando em outros o desejo de exercer seu obscuro poder de milícia polícia esquadrão da morte e o anúncio da Rocinha metralhada como solução a barbaridade finalmente institucionalizada como diversão o Brasil finalmente sem coração fora da ONU e dos acordos internacionais pelo meio-ambiente sem controle de sensatez ou mentalidade sem limite humanitário “não vai ter ong!” “não vai ter ativismo!” “não vai ter mimimi!” bradam cheios de si e de ódio criminosos contra o crime opressores pela família amorais pela moral apesar de todos os alertas da imprensa internacional de esquerda, de centro, de direita só não vê quem não quer a tragédia anunciada divulgada não como boato mas escancarada -mente enquanto empoderados pelo discurso de ódio de horror e ódio seus eleitores já saem pelas ruas dando tiros e gritos enxurradas de fakes suásticas nazistas gravadas com canivete na pele da menina que usava “ele não” estampado na blusa e a promessa de violência desmedida se concretizando antes mesmo de começar o segundo turno e nem um centímetro de terra para os índios e nem um pingo de direitos civis ou humanos e a volta da censura e o ódio, o ódio, o horror e o ódio pra encerrar de vez o sonho de uma nação que tem a chance de dar ao mundo sua contribuição original agora fadada a repetir o que de pior já houve na história sem história agora sem Museu Nacional nem cultura nem educação abolir filosofia e arte em seu lugar: moral e cívica escola militar religião geografia dos lucros e dividendos massacre das minorias horror e ódio e ódio e horror crescente permanente enquanto dure pois ninguém larga o osso assim tão fácil depois de um golpe que precisa parir outro golpe ou autogolpe alimentado por todas as fakes e facas contra as costas de artistas como Moa mas na cabeça de quem apóia tudo se justifica: o fascismo a tortura dos presos o sumário julgamento sem juri autorização dada à polícia para matar e o ódio aos pobres as blitzes ostensivas a guerra declarada dos que aceitam assassinos para combater bandidos se está tudo invertido mesmo pobre elegendo milionário, pelo avesso e ao contrário então se autoriza a sórdida barbárie dos fortes contra os fracos algo está muito doente no Brasil no descoração do Brasil que mente, se omite, agride, regride para avançar sem freios em direção ao fascismo seguindo a música hipnótica do ódio, horror e ódio pregados em igrejas em nome de Deus e de Cristo só desamor em nome de Cristo violência e brutalidade em nome de Cristo armas e tortura e preconceito em nome de Cristo de Deus e de Cristo armar a população para metralhar os adversários os diferentes os miseráveis os favelados os do outro lado os que se manifestam ou contestam ou pensam de outra forma ou se vestem de outra cor ou tem outra cor ou qualquer pretexto que se crie para espalhar o ódio, o horror e o ódio do machismo ao estupro da mentira ao linchamento do homicídio ao genocídio (“tinha que ter matado pelo menos trinta mil!”) já sem democracia palavra vazia em boca de quem compactua (e não são poucos) pensando ser possível alguma forma de neutralidade nesse momento como Pilatos lavando as mãos a chamada mídia tenta fazer média ao dizer que os dois lados são igualmente extremistas e perigosos mas então onde estavam nos últimos três mandatos e meio antes do pesadelo Temer? estavam numa ditadura comunista e não sabiam? na verdade todos sabem muito bem que o extremismo vem de um só lado, que quer se eleger para acabar com eleições e que o grande perigo é mesmo esse jogo de equivalências que, na verdade serve ao monstro pois a omissão é missão impossível neste agora impossível mascarar o sol da ameaça hostil e explícita do nazismo crescente com a peneira furada de um bom senso mediano hipócrita indiferente que sempre vai dizer: sim, mas a Venezuela... como se não tivéssemos ouvido exatamente isso em 64, quando diziam: — Sim, mas Cuba... para justificar a ditadura militar que tanto elogiam hoje em dia e que o atual presidente do nosso Supremo Tribunal Federal decidiu que agora vai chamar de “movimento” em vez de “golpe militar” para adoçar um pouco a boca amarga do sangue impregnado que não vai sumir assim mudando a nomenclatura desnomeando a já tão dita “ditadura” mas esse des- -equilíbrio ético que diz preferir uma autocracia perfeita a uma defeituosa democracia esse erro que nenhum arrependimento será capaz de reparar quando for tarde demais ainda dá para evitar ainda é tarde de menos para conter o ódio, o horror e o ódio ainda dá dd a d #IstoNãoÉUmPoema
Esto no es un poema Sólo Desahogo Que no pude no Hacer y no pude hacer De otra forma Que no fuera Así Atravesando las frases En el espacio Aquí Hoy He visto Aterrorizado Un artista asesinado Moa del catendê, Maestro de capoeira, Autor del badauê - Por cuenta de una divergencia política en un bar De Bahía Luego corrí el dedo Sobre la pantalla y Vi y oí Gallina Luis melodía (también negro y compositor, También con el pelo rastafari, Como la víctima del post anterior) Cantando "en el corazón de Brasil" Y repitiendo muchas veces Ese estribillo " en el corazón De Brasil " "en el corazón de Brasil" Que intento sentir Pulsar todavía Entre la luz de luiz Y la oscuridad De ese agujero vacío Que no late más en el pecho De Moa del catendê Y "no hay amor en sp" O "en el corazón de Brasil" Fracturado En estos días Bruto De coturnos Broncos Pateando la cara De Quién Ama Arte Cultura Educación Libertad de expresión Diversidad Ciudadanía Solidaridad Democracia Pero no se da La mínima Lo que importa es si subió La bolsa Cayó El dólar Si todos van a continuar Siguiendo Dócilmente al abismo En esta locura colectiva En que Brasil niega Cualquier Brasil Posible Ciega Cualquier futuro posible Y el odio El horror y el Odio Y nada que se diga tiene sentido Más Para qué Exponer en la cara de estos chicos La palabra explícita (grabada en vídeo y repetida, repetida, repetida) De su "mito" Diciendo "apoyo la tortura" "defiendo la dictadura" "voy a cerrar el congreso" "no sirven ni para procrear" "no te estrupro porque no te mereces" "vamos a barrer a esos vagos de aquí" "el error fue torturar y no matar" "cobarde tiene que atrapar" Etc etc etc etc etc etc Y todo más Que repite incansablemente Hace años Ante cámaras y micrófonos Por qué mostrar de nuevo Y de nuevo El mismo asco Si es justo Por eso Qué le idolatran? Y siempre habrá Los que vienen disfrazar Diciendo: "estamos entre dos extremos" "Sí, pero mira Venezuela" "es para acabar con la corrupción" "queremos seguridad" O " no es así..." Mientras observamos cada vez más Que sí, Es así Es así. Que es Pero Como he leído por ahí: " Cómo explicar la ley rouanet para quién Aún no ha asimilado la ley áurea?" O: Cómo explicar la ley de la gravedad Para quien aún cree Que la tierra es plana? Y quieren defender su ignorancia con dientes Y GARRAS Quieren Matar a venganza A quién? A nombre de quién? (Patria, familia, propiedad, seguridad? ) Si en esa mies no hay derechos Ni respeto Enseñanza o dignidad Sólo horror y Odio, odio Y horror Las palabras pierden la claridad Los valores pierden el valor La vida pierde el valor Marielle Remorta remorrida coronada Por su placa Rota rasgada deshonrada Por las manos truculentas de brutamontes prepotentes Con sus camisetas impresas Con la cara del pene Que redemonstra su monstruosidad Cuando vende En sus propios mítines Camisetas de otro Ultra-Monstruo Ustra — El que además de torturar Llevaba niños a ver Sus madres torturadas — Y esos mismos Abominables Que, ante una porrista vergonzosa, Se enorgullecen De tener Rasgado las placas Con el nombre marielle franco Están sí Ahora Elegidos Satisfechos Pero no saciados De toda la sangre De inocentes Que hay que correr Sólo por ser Diferentes Que emociona en otros El deseo de ejercer Su oscuro Poder De milicia policía escuadrón de la muerte Y el anuncio de rocinha metralhada Como solución La barbarie finalmente Institucionalizada Como diversión Brasil finalmente Sin corazón Fuera de la ONU Y de los acuerdos internacionales por el Medio ambiente Sin control De sabiduría o mentalidad Sin límite humanitario " no habrá ong!" " no va a tener activismo!" " no habrá mimimi!" Bradam Llenos de ti y de odio Criminales contra el crimen Opresores por la familia Amorales por la moral A pesar de todos Las alertas De la prensa internacional De izquierda, de centro, de derecha Sólo no ve quién no quiere La tragedia anunciada Difusión No como rumor Pero abiertas - Mente Mientras Empoderados por el discurso De odio De horror y odio Sus votantes Ya salen por las calles Disparando disparos Y gritos Chubascos de fakes Esvásticas nazis grabadas con navaja En la piel de la niña Que usaba "no" estampado en la blusa Y la promesa de violencia desmedida Se concretó Antes de empezar el segundo turno Y ni un centímetro de tierra para los indios Y ni una pizca de derechos civiles o humanos Y la vuelta de la censura y el odio, El odio, el horror Y el odio Para cerrar de vez en cuando El sueño de una nación Que tiene la oportunidad De dar al mundo Su contribución Original Ahora está condenada a repetir lo peor que ha habido En la historia Sin historia ahora Sin Museo Nacional Ni Cultura ni educación Abolir la filosofía y el arte En su lugar: Moral y cívica Escuela Militar Religión Geografía de los beneficios y dividendos Masacre de las minorías Horror y odio Y ODIO Y horror Creciente permanente mientras dure Porque nadie deja el hueso tan fácil Después de un golpe Que necesita parir otro golpe O AUTOGOLPE Alimentado por todas las fakes y cuchillos Contra la espalda de artistas Como Moa Pero en la cabeza de quien apoya Todo está justificado: El fascismo La tortura de los presos El sumario de juicio sin jurado Autorización concedida a la policía Para matar Y el odio a los pobres Las blitzes de La Guerra declarada De los que aceptan asesinos para luchar contra bandidos Si todo está invertido Pobre eligiendo millonario, Al revés y al revés Entonces se autoriza la sórdida Barbarie De los fuertes contra los débiles Algo está muy enfermo En Brasil En el descoração de Brasil Que mente, si omite, agrede, regresión Para avanzar sin frenos Hacia el fascismo Siguiendo la música hipnótica del Odio, Horror y odio Clavados en iglesias En el nombre de Dios Y de Cristo Sólo desamor en el nombre de Cristo Violencia y brutalidad en el nombre de Cristo Armas y tortura Y prejuicio en nombre de Cristo De Dios y de Cristo Armar la población Para ametralladora a los adversarios Los diferentes Los miserables Los cuando Los del otro lado Los que se manifiestan O cuestionan O piensan de otra manera O se visten De otro color o tiene Otro color o Cualquier pretexto Que se cree Para difundir el odio, el horror Y el odio Del machismo a la violación De la mentira al linchamiento Del asesinato al genocidio (" tenía que haber matado al menos treinta mil!") Ya sin democracia Palabra vacía En Boca De Quién, (y no son pocos) Pensando en ser Posible Alguna forma de Neutralidad En ese momento Como Pilato Lavándose las manos Los medios de comunicación Intenta hacer media Al decir que ambos lados son también Extremistas y peligrosos Pero entonces Donde estaban en los últimos tres mandatos Y medio Antes de que la pesadilla temer? Estaban en una dictadura comunista Y no lo sabían? En realidad Todos saben muy bien Que el extremismo Viene de un solo Lado, que Quieres elegir para terminar Con elecciones Y que el gran peligro es realmente Este juego De equivalencias que, En realidad Sirve al monstruo Pues la omisión es misión imposible En este momento Imposible Enmascarar el sol De la amenaza Hostil y explícita Del nazismo Creciente Con el tamiz pegada De un sentido común Mediana hipócrita indiferente Que siempre Va a decir: Sí, pero Venezuela... Como si no hubiéramos escuchado exactamente eso En 64, Cuando decían: - Sí, pero Cuba... Para justificar la dictadura militar Que tanto elogian Hoy en día Y que el actual Presidente De nuestro Tribunal Supremo Federal Decidió Que ahora va a llamar De "Movimiento" En lugar de "golpe militar" Para endulzar un poco la boca Amarga De la sangre impregnado Que no va a desaparecer así Cambiar la nomenclatura Desnomeando la ya tan dicha "dictadura" Pero ese des - - equilibrio Ética Que dice Preferir una autocracia Perfecta A una Defectuosa Democracia Este Error Que ningún arrepentimiento será Capaz de reparar Cuando sea tarde Demasiado Todavía da Para evitar Todavía Es tarde De menos Para Contener El odio, El horror y el odio Todavía Da DD La D